2º Anos/Aula 1 - Formação dos Estados Absolutistas Europeus / 1º Bimestre

Os barões ingleses revoltados com os vários fracassos do Rei, em 10 de junho de 1215 tomam a cidade de Londres com apoio do clero, fazendo com que João Sem-Terra fosse forçado a assinar a Magna Carta, documento que determina que os reis ingleses tenham seus poderes limitados, garantindo que apenas poderiam elevar os impostos ou criar novas leis mediante aprovação de um grande conselho formado por nobres. A carta recebeu o selo real no dia 15 de junho de 1215, ou seja, 5 dias após a tomada de Londres, e teve várias cópias enviadas a funcionários, xerifes e bispos. Em troca disso, os barões revigoraram seus juramentos de fidelidade ao rei João Sem-Terra 4 dias depois, no dia 19 de junho de 1215.

Os teóricos do Absolutismo

Foi a partir do Renascimento, da efervescência cultural que teve início a cultura moderna, que nasceram os argumentos políticos e uma sólida ideologia justificadora do Estado Moderno Absolutista.

O homem vitruviano de Leonardo da Vinci sintetiza o ideário renascentista humanista e clássico.

As novas considerações políticas de teóricos absolutistas acabaram arruinando o que restava da Escolástica (Tomismo – doutrina da Igreja católica) quanto ao governo-Estado, desmontando seu conteúdo ético, o revestimento moralista de bem comum a ser buscado pela política, segundo o qual cabia ao governante se sujeitar à Igreja, a única que conhecia o bom e o mau caminho e estava equipada para uma correta orientação. A Igreja continuava a teimar no pensamento medieval de limitação do poder político, que já não se adaptava ao mundo moderno dinâmico que se instalava.

A imagem remete a um encontro de doutores da Universidade de Paris. Os debates entre os doutores obedeciam aos termos da Escolástica e se associavam ao chamado argumento de autoridade.

Os intelectuais modernos romperam com concepções, seculares, lançando os fundamentos teóricos do Absolutismo — uns, como Maquiavel, tirando a ética da política, defendendo a razão de Estado ou soberano acima de tudo, enquanto outros, como Thomas Hobbes, justificavam o Estado centralizado como produto de um contrato que não podia ser rompido entre governados e governante.

Principais teóricos do Absolutismo

Jacques Bossuet (1627-1704): bispo, teólogo e filósofo francês. Defendeu a ideia de que o monarca era o representante de Deus no mundo. Dessa forma, todos deveriam respeitá-lo, sem questionar seus procedimentos. Nessa linha de pensamento, questionar o poder do rei seria o mesmo que questionar Deus. Sua principal obra foi A Política Tirada da Sagrada Escritura, publicada postumamente em 1709.

Nicolau Maquiavel (1469-1527): historiador, diplomata, músico e filósofo italiano (florentino) do período do Renascimento. Defendeu a necessidade da concentração de poder nas mãos de um monarca forte. Esse deve fazer de tudo para obter resultados positivos em seu governo, mesmo que tenha que deixar de seguir a ética, a moral e a religião. Sua principal obra foi O Príncipe, publicado em 1532.

Hugo Grotius (1583-1645): foi um diplomata, teórico, jurista e filósofo holandês. Defendeu a necessidade da soberania absoluta do Estado nas relações com outros Estados. Sua obra principal foi Das leis de guerra e paz, publicada em 1625.

Thomas Hobbes (1588-1679): matemático, teórico político e filósofo inglês. Defendeu a ideia da necessidade de um rei forte como forma de preservar a existência da sociedade. Só um rei forte (autoritário) pode evitar a guerra de todos contra todos. Hobbes é um contratualista, ou seja, diz que os indivíduos de uma sociedade abrem mão de sua liberdade para dar ao governante poderes absolutos. Nesse contrato social, os indivíduos obtém proteção e ordem e o monarca pode e deve governar com poderes totais. Sua principal obra foi Leviatã, publicada em 1651.

Jean Bodin (1530-1596): foi um jurista, economista e filósofo francês. Também defendeu o Absolutismo de acordo com a “Teoria do Direito Divino dos Reis”. De acordo com Jean Bodin, o monarca necessita de soberania absoluta e irrestrita. Sua principal obra foi a Da República (conjunto de seis livros), publicado em 1576.




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Reproduza o mapa mental em seu caderno!


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Transcreva ao menos 10 tópicos à partir do vídeo!

Atividades

1) Durante o período de formação dos Estados Nacionais Modernos, uma prática econômica se desenvolveu para orientar as novas nações. Conhecida como Mercantilismo, esta prática orientou a economia europeia durante o todo o período moderno. Descreva suas principais características.

2) Pesquise a vida e a obra dos principais teóricos ou filósofos do Absolutismo.


Referências Bibliográficas

Texto explicativo

https://www.todamateria.com.br/absolutismo/#:~:text=Te%C3%B3ricos%20do%20absolutismo&text=Nicolau%20Maquiavel%20(1469%2D1527)%3A,e%20a%20continuidade%20no%20poder.&text=Jacques%2DB%C3%A9nigne%20Bossuet%20(1627%2D,%22direito%20divino%20dos%20reis%22.

https://www.suapesquisa.com/absolutismo/teoricos.htm

https://www.coladaweb.com/historia/teoricos-do-absolutismo

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/absolutismo-caracteristicas-e-principais-teoricos.htm

https://evanderoliveira.jusbrasil.com.br/artigos/152036542/a-magna-carta-de-joao-sem-terra-e-o-devido-processo-legal

https://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento

https://www.coladaweb.com/filosofia/escolastica

Quer que desenhe?!?!

https://professorrenatoaa.blogspot.com/2018/01/filosofos-do-absolutismo-mapa-mental.html

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https://www.youtube.com/watch?v=gxj2ZRjwFds

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